A GRIPE SUÍNA ENTRE NÓS

Hospital do Kansas lotado de enfermos durante a gripe espanhola no final da década de 10 do século passado: naquela época os governos não dispunham de mecanismos de informação eficientes e a ciência ainda tropeçava na busca de combates eficazes


O Junão, meu secretário de Saúde, divulgou ontem a confirmação de dois casos suspeitos de gripe suína em Guaíra. Fez o certo e agiu conforme minha determinação de transparência a todos os assessores de governo. A humanidade vive dias de apreensão diante desta nova pandemia. Não há como fugir mas há como prevenir e diminuir os impactos. Os avanços da medicina e dos mecanismos de orientação na era da informação fornecem um aparato de defesa mais sólido e estruturado do que os utilizados por governos limitados por condições de época ao longo da história das pandemias. Foi assim com a gripe espanhola, no final da década de 10 do século passado,que , apesar do nome, começou no Kansas (EUA) e matou mais de 40 milhões de pessoas ao redor do mundo. Centenas de anos antes, a Peste Negra, na idade média, quase dizimou a civilização européia.Ou ainda a gripe asiática, que no final dos anos 50, originada na China, matou mais de 70 mil pessoas.Uma década depois, a gripe de Hong Kong, também mostrou-se devastadora. Em todos estes casos, o que se exige e espera do estado e dos governos, é a utilização de amplas e esclarecedoras campanhas de conscientização e a transparência nas informações sobre as doenças. Ao divulgarmos a ocorrência de suspeitas em Guaíra nos mantemos fiéis ao princípio de que totalmente informada, a sociedade tende a uma conscientização mais profunda e responsável. Tomamos todas as medidas necessárais de prevenção mas não existe uma blindagem completa. Portanto, peço a toda a população que faça sua parte, seguindo as orientações públicas de prevenção.