terça-feira, 7 de abril de 2009

QUERO CHORAR PELOS MOTIVOS QUE JUSCELINO CHOROU


O presidente JK chora durante missa de inauguração de Brasília: respeito às próprias convicções e resistência inabalável às críticas dos que se incomodavem com sua missão histórica



Na foto, choro durante a posse em janeiro: nada me afastará do objetivo de recuperar, entre os guairenses, a consciência da importância econômica, social e empreendedora do município.


As pessoas próximas a mim sabem que sou emotivo e não tenho problema nenhum em admtir isso. Na posse, em janeiro, diante das dificuldades que tive para assumir e da resistência do administrador anterior em aceitar os fatos, num desabafo de felicidade e contentamento pela chegada à prefeitura, não contive as lágrimas e chorei no discuso que fiz na Câmara Municipal. É o tipo de choro que lava nossa alma e nos faz mais felizes, certos do caminho escolhido e das decisões tomadas. Na noite de 20 de abril de 1960, durante uma missa de véspera (a cerimônia virou a noite entrando na data de inauguração da capital) pela inauguração de Brasília, o então presidente Juscelino Kubitschek, diante do altar, chorou compulsivamente. A imagem é histórica e considerada uma das mais pungentes relacionadas à vida pública de JK. Ele chorava diante da enorme sensação de dever cumprido. Das dificuldades que teve para tomar posse - setores reacionários tentaram impedir que assumisse o comando da República - às críticas ferozes que recebeu durante a construção de Brasília, JK, o maior presidente da história brasileira, governou sempre sob fogo cerrado; especialmente daqueles que viam em sua figura visionária uma ameaça real aos planos de manter tudo como estava. Em nenhum momento abandonou a convicção de que estava construindo, entre os brasileiros, uma nova consciência da grandeza e das possibilidades do país. Resistiu a tudo e a todos aqueles que tentaram impedí-lo de concretizar o sonho de mudar o eixo do desenvolvimento nacional e cultivar, entre os cidadãos, uma auto-estima patriótica que funcionaria como motor do progresso. Chorando diante daquele altar na véspera da inauguração da nova Capital, Juscelino sabia que havia conseguido. Ao final do meu mandato, e com a humildade de guardar as devidas proporções históricas, almejo chorar como JK chorou. Nada e ninguém me afastará do objetivo de construir o Tempo do Bem para Guaíra e recuperar, entre os guairenses, a consciência da importância econômica, social e empreendedora do município. Este é o Tempo do Bem.

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