segunda-feira, 27 de abril de 2009

DOU DE OMBROS MESMO



Vira e mexe tem assessor me pressionando a responder críticas de toda espécie. Reajo sempre da mesma forma: pergunto primeiro de onde a crítica vem. O assessor responde: "do fulano". Aí eu emendo: "então, simplesmente ignoramos". O assessor insiste: "mas o senhor não acha melhor dizer o que pensamos?". Eu encerro a conversa: "Quem quer que relacione muito valor à opinião dos outros confere a eles honra demais e eu não estou disposto a isso". O assessor acaba por entender. A vocês, leitores, explico em poucas linhas. Devo explicações permanentes à sociedade como condutor escolhido para gerenciar os destinos do município. Tenho absoluta e irremovível consciência que de que a crítica faz parte do jogo. O que é preciso é saber separar a crítica de quem tem como preocupação corrigir erros que cometo ( e cometo mesmo, já que não tenho a presunção infantil da perfeição), da crítica construída única e exclusivamente para prejudicar a imagem do governo perante a população. Às críticas deste segundo time dou de ombros mesmo. Não sou daqueles masoquistas que procuram a aprovação de pessoas sem antes perguntar se a opinião delas merece ser ouvida. Qualquer análise sensata sobre a crítica destemperada mostra que seus autores tem pouco respeito pela verdade. Minha orelha não é quadrada. É tempo do bem e de olhar pra frente.

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